Os anos 60 revolucionaram o mundo, os costumes, os comportamentos, as roupas, as músicas, os cabelos, que se tornaram longos para os homens. Um grande movimento feminista aconteceu em 1960 quando a estilista Mary Quant propôs a “queima dos sutiãs”, onde 400 ativistas manifestaram contra o concurso de miss América e o uso da mulher como objeto de consumo. Foi ela também quem cortou um pano de 30 cm e inventou a minissaia. Outro momento fundamental nesta mudança foi o Festival de Woodstock, em 1969, realizado na cidade de Bethel, estado de Nova York. O evento chamava-se “3 Dias de Paz e Amor” e reuniu 400 mil jovens que, acampados, viram se apresentar cerca de 32 músicos, entre eles, Janis Joplin e Jimi Hendrix. Contestava-se, assim, a guerra do Vietnã que estava vitimando milhares de americanos. Houve uma chamada geral para o natural, comida vegetariana, macrobiótica, agricultura orgânica, para os cultos orientais. A influência veio dos Beatles, que foram à Índia e trouxeram para o Ocidente os mantras hindus e o Yoga. O “amor livre”, em tempos sem Aids, o sexo era – como bem disse Arnaldo Jabor – uma bandeira, transava-se livremente para derrubar todo um sistema. Havia a utopia de que podíamos mudar o mundo. John Lennon nos convidava a imaginar um mundo sem guerras, um mundo de paz. Ele foi assassinado. Janis Joplin e Jimi Hendrix morreram de overdose. As guerras continuam, mas o mundo mudou para sempre. Os anos 60/70 abriram espaço para a diversidade que se vê hoje. Também criamos nossos filhos diferentes dos nossos pais, com respeito à individualidade, respeito às escolhas e com a liberdade pela qual tivemos que lutar diante de nossos pais, da tradicional família mineira. O sonho não acabou. Ele vive dentro de cada um de vocês, jovens, que aqui estão criando o novo. Revolucionando o mundo à sua maneira. Cabe agora a cada um de vocês continuarem regando a plantinha do amor, começando por si mesmos, evitando as guerras interiores e trabalhando diariamente por conquistar a paz.
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Eu virei mãe com 29 anos. Nasceu Iago em 1986. A primeira mudança após ser mãe: passei a ver todos como filhos. Via um mendigo na rua e pensava: coitado, já foi um feto, um bebê, uma criança e olha no que deu.
Segunda percepção: havia estourado um guerra na Líbia e aquilo me tocou profundamente. Como fazer guerra? E as gestantes? E as mães? E as crianças? Aí percebi, mãe não faz guerra, guerra é coisa de homem. No entanto, há mulheres que se comportam de forma masculina, naquela época havia a dama de ferro, Margaret Thatcher, que governava como homem. Aí escrevi: uma mulher que governasse com o útero, jamais faria a guerra. Terceiro, vence-se o egoísmo. Pensa-se mais no outro que em si mesmo e isto nos ajuda a evoluir. Quarto, você ama o bebê, há uma simbiose, mas ele é outro, temos que aprender desde então a desapegar, criamos para o mundo.Um dia, ele vai embora. Quinto, com o filho renascemos, revivemos. Agora, revivo a minha juventude com meus filhos. Eu os criei diferente da forma como fui criada, consegui ser amiga deles. Ser mãe exige responsabilidade, entrega, desprendimento e consciência. Seja mãe só quando estiver disposta a vivenciar tudo isto. Ser mãe? Recomendo. Espaço dedicado à mulheres empoderadas, que compartilham suas experiências de vida, por meio de dicas e toques que podem expandir os nossos horizontes.60 anos. Vou fazer agora em janeiro. Mas ainda moram em mim a criança e a adolescente. Não pensem que quando fizer 60 anos se sentirá uma velha, com a vida encerrada. Ainda tenho sonhos. Projetos.
O que mudou em mim da adolescente para a senhora de agora? Ainda não me conhecia. Ainda não sabia me amar. Tinha a auto-estima baixa.Minha amiga de então disse: - Baixa estima, com aquele narizinho em pé? Eu criei uma capa de auto suficiência. Sofri muito por amor, era pura emoção! Esta experiência marcou meus relacionamentos. Demorei a superar, a me encontrar. A dica é: se busque. Vá ao encontro dos sonhos que lhe tocam o coração. Descubra sentido em sua vida. Não a desperdice, ela é rápida. Ainda ontem era uma jovenzinha apaixonada. Os 70 me encaram; aproxima montanha que devo ultrapassar, daqui a 10 anos. Importante é plantar até os 30 anos, estudar, se aprimorar ; para que, quando ultrapassar a montanha dos 30 já esteja trabalhando. O tempo voa. Faz 30 anos que tive o meu primeiro filho. Há 28 anos, a segunda. E há 18 anos saiu de mim esta pessoa linda, Ayrá Sol, que agora segue o caminho da mãe, será jornalista, e aqui inicia sua expressão pela palavra! Cleise Soares, jornalista, escritora, professora de Yoga |
AutorEspaço dedicado à mulheres empoderadas, que compartilham suas experiências de vida, por meio de dicas e toques que podem expandir os nossos horizontes. Histórico |